Após praticamente um mês da entrada dos “novos” gestores da CENTRAL (empresa que administra dos bondes), fica clara a dificuldade de avançar, em razão das limitações políticas da “nova” Direção. Nos contatos que a diretoria da AMAST manteve até o momento, foi possível perceber que as ordens vêm de cima.
A verba, os contratos, as licitações e as decisões relevantes estão a cargo da Casa Civil, com participação direta do Secretário Régis Fichtner e do Governador Sérgio Cabral. A CENTRAL não compartilha nada conosco em termos de prazos, cronogramas e providências simplesmente porque não tem autorização para tanto.
E não poderia ser diferente. Júlio Lopes não está foragido, como pode parecer. Os procedimentos criminais ainda não evoluíram, de forma que o Secretário apenas se esconde, esperando a poeira baixar. Sebastião Rodrigues, ex-presidente da CENTRAL, sob cuja gestão ocorreram 7 mortes e a metástase do Sistema de Bondes de Santa Teresa, ocupa o cargo de sub-secretário de transportes, hierarquicamente superior ao atual presidente da CENTRAL, Eduardo Macêdo. Alguém duvida que essa dupla continua dando as cartas?
O foco agora é o Governador, e estamos trabalhando politicamente para isso. Todos os entendimentos e articulações com as organizações, autoridades e parlamentares que têm nos apoiado estão sendo fortalecidos, com o objetivo de viabilizar que Cabral nos receba e possa autorizar a CENTRAL a abrir a caixa preta à fiscalização e assessoramento pela Câmara Técnica do Fórum Permanente do Bondinho de Santa Teresa.