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AMAST

A Nova Diretoria e os Papéis Institucionais na Sociedade Civil

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SWSConheça a nova diretoria da Amast: Pres., Jacques Schwarzstein; VP, Ana Lúcia Magalhães; Dir. Comunitária: Isabel Kuster; Secretário: Sérgio Teixeira; Tesoureira: Teresa Cruz; Dir. Transportes: Sandra Schwarzrstein; Dir. Ambiental: Laíz Sonkin; Dir. Cultural: Luis de França (Zod); Dir. Comunicação: Cláudia Schuch; 1º Suplente: Flávio Abreu; 2º Sup.: Abaeté Mesquita; 3º S Sup.: Heloisa Pires Ferreira.

Há mais de uma geração lutamos pela qualidade de vida e preservação do patrimônio histórico do bairro. E conversamos com moradores do Brasil todo com desafios parecidos: barulho, segurança, transportes. Se na Europa há cidadezinhas lindas com arquitetura histórica, é porque alguém há séculos atrás se preocupou em preservá-las. Ouro Preto, Olinda, Alcântara, Paraty e nossa Santa Teresa, são os locais nacionais de maior interesse arquitetônico histórico, e isso vale muito mais que o lucro rápido.

 

A pessoa que participa de sua associação de moradores está desempenhando um papel institucional. Isso é uma função social muito especial, a pessoa que está com paciência e disposição de agir no papel de um diretor, ou membro de um comitê, conselho ou da brigada ambiental voluntaria, onde ela não vai agir só por si, mas com uma objetividade maior, pelo bem comum. Estamos falando de responsabilidades que não trazem nenhuma vantagem material aos seus atores, só uma dedicação de seu tempo.

Um amigo me perguntou se valia á pena lutar pelo bairro, pois era uma luta sempre árdua, com algumas poucas vitórias e (implicitamente) sem benefício algum para nós que lutamos. Respondi que ninguém é militante as 24 horas do dia. Enquanto estivermos com disposição de lutar pelo bem comum, militamos; agimos como membros das nossas comissões, lutamos, desempenhamos nossas responsabilidades, atendemos ao público. Quando nos cansamos, voltamos a ser cidadãos privados. Quem está com gás carrega a tocha adiante.

 

Para frutificar, em um país que precisa do seu trabalho para se desenvolver e modernizar, onde as forças políticas tradicionais estão com a credibilidade esgotada, a sociedade civil precisa oferecer cada vez mais inclusividade e participação, cada vez mais canais de participação, para todos os cidadãos de confiança que possam dedicar um pouco de seu tempo ao bem comum.

“Todos são necessários”, dentro dos limites do bom senso. Deve-se manter a liberdade de se criar grupos de trabalho à vontade, comissões e ás vezes até diretoras especiais, para se acomodar todos os cidadãos confiáveis que possam acrescentar força e capacidade operacional, mesmo que nem todos concordem com tudo – ou mesmo quase nunca – só alguns ideais e objetivos claros. Na Amast, o morador participa dos Conselhos de Rua, Grupos de Trabalho, Comissões Temáticas, Brigada Ambiental e acompanhando situações, e a tendência é abrir mais espaços de participação.

As entidades da sociedade civil têm o poder simbólico de outorgar um papel institucional aos cidadãos, de forma sancionada, os ‘autorizando’ a agir pelo interesse comum sem medo do ridículo e os libertando emocionalmente para agir de forma objetiva e – muitas vezes, só então – exercendo sua cidadania da forma plena e vigorosa.

O desenvolvimento das associações de moradores e demais entidades de base, que representam grupos de pessoas: entidades estudantis, sindicatos e associações profissionais, etc, passa pela maior união da sociedade civil, primeiro e de imediato para apoio para as campanhas, mais ainda para manter vivo um debate permanente sobre os acontecimentos correntes.

Projetos que podem ser tocados em conjunto com outras entidades do bairro – grêmios, grupos de artistas, grupos religiosos e ecumênicos, outras associações, etc – incluem a ocupação de um Centro Cívico com debates, reuniões, apoio logístico às comissões cívicas, eventos e exposições de artistas locais, veículos de comunicação feitos pelos moradores (um Centro de Mídia Comunitária), grupos de produção artística e cultural (um Centro Popular de Cultura) com apoio aos poetas, atores, artistas plásticos e músicos do bairro; cursos e oficinas; apoio às iniciativas ambientais, de sustentabilidade e orgânicas. E mil outras funções cívicas que aparecerão todos os dias.

Desejamos o melhor para os novos diretores. Cuidem bem da nave e boa sorte!