CRISTINA, FICA!

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Cristina Fica
Uma violência contra a ética, a honestidade e competência da diretora Cristina Gonçalves, contra a saúde pública e contra os moradores de Santa Teresa. Assim pode ser definida a exoneração, sem a menor justificativa, da diretora do Posto de Saúde Ernâni Agrícola pela prefeitura de Eduardo Paes. Aliás, cuja gestão sempre esteve de costas para as demandas de Santa Teresa e seus moradores.
 
A Amast junta-se a perplexidade e indignação de todos e todas que moram no bairro e exige a rápida recondução de Cristina ao cargo que lhe é de direito por tudo que construiu ao longo da sua vida profissional e, em especial, como gestora do nosso postinho, que tem sob sua direção um atendimento humano aos que procuram a unidade, e não são poucos, o que faz toda a diferença.
 
Cristina não começou agora e tampouco caiu de algum paraquedas no cargo que ocupa. São 39 anos como servidora da unidade e cerca de 20 como gestora, sendo uma unanimidade no bairro. Do asfalto às comunidades dos morros da Coroa, Fallet-Fogueteiro e Prazeres, entre outras menores, Cristina é uma unanimidade como excelente gestora e uma pessoa generosa, comprometida com a solidariedade.
 
A rapidez da exoneração de Cristina pela prefeitura de Eduardo Paes contrasta com a lentidão, e depois negação, dos recursos pleiteados há anos por ela na melhoria da estrutura do prédio da unidade, o que propicia um atendimento ainda melhor e mais ágil aos que procuram o Posto de Saúde. Entretanto, curiosamente a violência na exoneração de Cristina vem acompanhada da liberação dessa mesma verba para as necessárias reformas no prédio.
 
Coincidência em política não existe; sim, interesses – de quem e para quem, não é mesmo Eduardo Paes? Por que a troca de uma gestora querida por todos e todas que moram no bairro, reconhecidamente competente, sem justificativa e de uma hora para outra? A campanha para governador já tomou forma e, é claro, as barganhas para apoio político estão postas na mesa.
 
A abrupta troca não encontra eco em alguma deficiência na gestão de Cristina – até porque ela não existe. Portanto, no quadro acima está a resposta mais plausível. E a mais pobre e rasteira possível: mais uma vez tiram a cadeira de um gestor público comprometida com uma política pública de saúde para algum interesse sentar.
 
Cristina, fica!
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