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AMAST

Pelo Fim dos Privilégios Absurdos

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pobreza-nordeste-depressão-pobreÉ absurdo que cada deputado custe uma fortuna por mês, cada senador cinco fortunas, cada desembargador ou alto funcionário outras tantas.

Há um efeito profundamente pernicioso em haver uma recompensa tão elevada pelo exercício do cargo público, premiando predadores ao invés de atrair as pessoas de espírito cívico que lá deveriam estar. As meritórias exceções, reconhecidamente raras, de deputados que são exemplos para o país, ressaltam por contraste o desserviço público da maioria.  Só deve ser representante do povo quem o quiser ser por civismo, não como forma evidente e grosseira de enriquecimento.

Pelo fim IMEDIATO das mordomias e redução dos vencimentos de todos os representantes legislativos.

Da mesma forma, também não é moralmente aceitável que os membros do judiciário e outros altos funcionários recebam acima de um teto universal, válido para todos os cidadãos com vencimentos públicos. Nos países mais civilizados, quem deseja enriquecer geralmente faz carreira na iniciativa privada. Os senhores estão  aí sentados pelo bem comum, ou em benefício próprio? Pagar as contas tudo bem, mas R$ 100 mil por mês ou até mais é obsceno. Só pode ser incorruptível quem tem vergonha na cara. Só devem ter autoridade pessoas sérias, movidas por civismo, não como forma de enriquecimento.

Mirem-se no exemplo de José ‘Pepe’ Mujica, presidente do Uruguai e disparado o maior político da época atual que, como entrevistou Wisnik, “frisa o lugar republicano da igualdade dos direitos e o espírito público que guia a atividade política (interesses particulares e desejo de riqueza, diz ele, devem se dirigir às finanças, à indústria e ao comércio).”

Pelo fim imediato das mordomias e teto salarial sem exceções para todos incluindo judiciário e todos os altos funcionários – e redução do teto ao um nível condizente com a média do país. Moralidade não tem preço, e não existe república moderna sem moralidade. Nos países hoje do primeiro mundo, a corrupção não foi a bandeira republicana ao longo dos últimos séculos tanto quanto o fim dos privilégios.