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AMAST

“Sobre a cabeça os aviões” – problema antigo com o barulho volta à pauta de discussões

Há muitos anos que a AMAST, juntamente com as associações de moradores da Urca, Laranjeiras, Botafogo e Glória, vêm tentando uma solução definitiva para o barulho dos aviões. O barulho ensurdecedor que perturba a tranquilidade de Santa Teresa é uma questão gravíssima, inclusive sob o prisma da saúde pública.

Aos que repetem o bordão “os incomodados que se mudem”, é importante lembrar que Santa Teresa existe muito antes do Santos Dumont e, principalmente, atentar para o fato de que o aeroporto passou por reformas, aumentando consideravelmente o números de vôos e reduzindo consideravelmente os intervalos de pousos e decolagens. Enquanto isso, o Galeão/Tom Jobim é subutilizado, mesmo estando a pouco mais de 10 minutos do Centro.

Os bairros afetados pelo problema têm apontado, com apoio de especialistas no assunto, alternativas ao uso da chamada “Rota 2”, mas por razões de economia de combustíveis e outros interesses, as empresas e a própria INFRAERO sempre criaram dificuldades para resolver o assunto.

No momento mais crítico, e diante do impressionante número de reclamações recebidas, o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) condicionou a renovação da licença ambiental do Aeroporto Stos. Dumont à limitação nos intervalos entre vôos e restrições no horário de funcionamento do terminal. A INFRAERO, infelizmente, agiu de má-fé, acatando as determinações até obter a renovação da licença ambiental, para logo em seguida recorrer à justiça alegando que o referido órgão não teria competência para interferir no assunto.

Embora a questão esteja sub-judice, o INEA e as associações envolvidas seguem na luta, e os moradores continuam reclamando. Inúmeros estudos e medições foram feitos nos bairros, e a INFRAERO parece finalmente reconhecer o problema, ao iniciar testes em rotas, altitudes e ângulos de pouso/aterrissagem alternativos, conforme explicam as matérias publicadas sobre o assunto (links ao final).