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Bonde

Será que a “nova” CENTRAL continua a mesma CENTRAL?

Estupefatos! Não palavra melhor para definir a sensação a receber notícia de duas moradoras e colaboradores da AMAST, dando conta de que Engenheiros e Técnicos Portugueses estiveram ontem (20/10) na oficina dos bondes, junto com a equipe da CENTRAL, tendo à frente a Diretora de Planejamento Ana Carolina Vasconcelos.

Ora, se não há nenhuma negociação com os portugueses, ainda que preliminar, como nos garantiram o Presidente da CENTRAL  Eduardo Macedo e a Diretora de Planejamento, o que estariam os Lusitanos a fazer na Oficina, se não a coletar subsídios e elementos para dar início ao possível (ou provável?) trabalho de cooperação técnica? POR QUE NA SURDINA? POR QUE TANTO MISTÉRIO? O QUE A NOVA DIRETORIA DA CENTRAL TEM A ESCONDER? Será que ainda não se deram conta de que, em Santa Teresa, mais cedo ou mais tarde, a verdade aparece e nossa luta pelo bonde é incansável?

O problema, vale frisar, não é a contratação da solução estrangeira, mas sim a repetição de inverdades, a manipulação de informações, o jogo de cena para a mídia e para a opinião pública. Ao mesmo tempo em que se apresentam como democráticos, transparentes, que desejam a participação ativa da comunidade, não nos deram até agora um único motivo para acreditar na mudança de postura. Muito pelo contrário. Levamos rasteiras como essa,; negam acesso a documentos e dados relevantes; juram que não há planejamento e cronograma, enquanto sua assessoria de imprensa diz exatamente o contrário nos releases para a mídia (que acabam chegando até nós).

Ana Carolina, juntamente com o Presidente da CENTRAL, Eduardo Macêdo, asseguraram inúmeras vezes que não havia nenhum acordo ou compromisso estabelecido com a empresa Carris de Lisboa, e que a ida à capital Portuguesa teve o propósito único de conhecer um sistema de bondes em funcionamento, como se fosse um laboratório, considerando que ambos não entendiam nada de bondes e o SBST estava parado. As declarações foram feitas em reuniões com a presença da Diretoria da AMAST, da AME SANTA, da CAMFAST, da Comissão de Transportes Motorneiro Nelson Correa da Silva e do Fórum Permanente do Bondinho de Santa Teresa, e foram devidamente gravadas.

Sobre o acontecimento, nossas colaboradoras relataram que entraram na oficina, encontrando o bondinho 12 em estado deplorável, e aproveitaram a oportunidade para registrar protestos diante dos Portugueses sobre o sucateamento e a corrupção havida na CENTRAL, inclusive a notícia recente de venda de material oriundo dos bondes para a ONG da mulher do Sérgio Cabral, em condições obscuras e tidas como criminosas. Um fato curioso e inexplicável foi a presença de um policial FEDERAL.

Os presentes, da CENTRAL e de Portugal, observaram tudo visivelmente constrangidos. O constrangimento, aparentemente, nada tem a ver com o fato de sua máscara de transparência, diálogo e interação com a comunidade estar, aos poucos, sendo apagada pelos fatos, pois a julgar pelas atitudes tomadas até agora, devem imaginar que somos burros, alienados e manipuláveis como a massa que estão habituados a manobrar. Enganam-se! Em Santa Teresa, as coisas são bem diferentes…