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Representantes das diversas religiões e crenças, com o apoio da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e da AMAST, compartilharam com os moradores de Santa Teresa suas mensagens de conforto às vítimas, às suas famílias e aos moradores de Santa Teresa, que estão profundamente abalados diante de mais uma tragédia anunciada por todos e sempre ignorada pelas autoridades.
O ato aconteceu na pracinha do Curvelo, onde orações, flores, músicas, poesias e palavras de consolo deram o tom da cerimônia. Moradores e amigos do bairro ostentaram sinais de luto e de amor pelo bonde. A indignação também teve seu espaço. Os presentes lembraram que se, de um lado, não se deve cultivar sentimentos como vingança e ódio, é justo e necessário que as responsabilidades sejam apuradas e que os verdadeiros culpados sejam punidos. Frisou-se, também, que as mudanças não vêm de cima, dos governantes, mas de cada um de nós, que devemos nos esforçar verdadeiramente para fazer a nossa parte.
Após as falas dos religiosos, seguiu-se um cortejo embalado pelos tambores e acordeons do “Céu na Terra”, com faixas, flores, cartazes e uma réplica do bondinho, elaborada pelo nosso artista Getúlio. Os trilhos foram borifados com tinta vermelha, para lembrar o sangue das vítimas, derramado pela omissão estatal. Os moradores, visivelmente emocionados, prestaram diversas homenagens às vítimas no local do acidente, e chamaram a atenção para o fato de que a união observada nesse momento difícil deveria se repetir sempre, para que, deixando as diferenças de lado, possamos juntos cuidar melhor do que é nosso, do lugar em que vivemos, e não deixar que esse e outrosacontecimentos tão graves caiam no esquecimento.
